O Encontro de Duas Autoras
Nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2025, o Sesc Avenida Paulista será o palco para uma performance literária singular e tocante, intitulada Cartas a uma escritora, protagonizada pelas autoras Aline Bei e Morgana Kretzmann. Este evento é mais do que uma simples apresentação; é um reencontro de almas criativas que, após um desentendimento no passado, se redescobrem através da troca de cartas. Essas mensagens não são meros textos; elas são a ponte que liga o passado ao presente, trazendo à tona as memórias, os conflitos e as esperanças de duas escritoras que buscam não apenas se entender, mas também explorar a profundidade da amizade e da criação literária.
A performance gira em torno de A e M, os personagens que representam Bei e Kretzmann. Através de suas correspondências, elas compartilham experiências, questionamentos e reflexões sobre a vida de quem vive da arte no Brasil. A narrativa revela os desafios enfrentados pelas autoras, expõe suas angústias e alegrias, além das complexidades da escrita criativa. Essa dinâmica é magistralmente incorporada na performance, resultando em um espetáculo que reflete a importância da amizade e da conexão interpessoal na vida de um artista.
A interação entre os personagens e o diálogo estabelecido por meio das cartas impulsiona o enredo, proporcionando ao público uma experiência rica e envolvente. As mensagens escritas vão além do âmbito pessoal e adentram questões universais, como a busca pela identidade, o significado da criatividade e as relações humanas. Portanto, cada carta lida no palco é um convite ao público para refletir sobre as suas próprias experiências e interações.

Estrutura da Performance Literária
A estrutura da performance literária Cartas a uma escritora é meticulosamente elaborada, criando um fluxo que captura a atenção do público. Aline Bei e Morgana Kretzmann conduzem a apresentação com uma combinação de leitura dramática e musicalização ao vivo, que adiciona uma camada extra de emoção e profundidade à narrativa. A performance é dividida em três partes, cada uma correspondente a um dia do evento, com a intenção de levar a audiência em uma viagem emocional que começa pela reflexão e culmina na reconciliação.
Na primeira parte, as autoras apresentam suas cartas iniciais, revelando as desavenças passadas e os sentimentos de mágoa e saudade. Aqui, o público é introduzido às complexidades da amizade e às barreiras que podem surgir entre pessoas criativas. É um convite à empatia, pois os espectadores se veem confrontados com as fragilidades humanas.
A segunda parte da performance explora a evolução dos sentimentos entre as autoras. As cartas começam a se transformar em uma troca mais íntima e carinhosa, onde cada uma reflete sobre os bons momentos da amizade e sobre o quanto a presença da outra influenciou suas trajetórias como escritoras. Essa seção é particularmente poderosa, pois traz à tona a capacidade de cura que as relações interpessoais podem proporcionar.
Por fim, a terceira parte culmina na celebração da amizade renovada. As autoras trocam cartas que simbolizam perdão e aceitação, o que é amplificado pela musicalização ao vivo, criando um ambiente emocional de reconciliação. Nesta fase, o público se sente parte de uma jornada coletiva, onde a restauração de uma amizade se torna um símbolo da força que a arte tem de unir e transformar.
Convidadas Especiais e Suas Contribuições
Para enriquecer ainda mais a experiência da performance, Aline Bei e Morgana Kretzmann contarão com a participação de três autoras convidadas, cada uma delas trazendo sua própria perspectiva e contribuição à narrativa. As convidadas são Maria Carolina Casati no primeiro dia, Amara Moira no segundo e Andrea Del Fuego no último dia. Cada uma das autoras escolhidas tem uma trajetória distinta e uma voz literária única, que complementará a discussão sobre a criatividade e a vida de escritores no Brasil.
Maria Carolina Casati, por exemplo, é conhecida por sua escrita que transita entre o real e o ficcional, frequentemente abordando temas universais como amor e perda. Sua participação na performance oferecerá um olhar sensível sobre os laços que nos unem, mesmo em tempos de crise.
Amara Moira, além de escritora, é uma importante voz no debate sobre questões sociais e de identidade, trazendo à tona a voz de quem muitas vezes é silenciado. A sua contribuição enriquecerá o diálogo entre as autoras sobre como as experiências pessoais e sociais influenciam a criação literária.
Por fim, Andrea Del Fuego adicionará uma perspectiva sobre a exploração da memória e do tempo na literatura, temas que ressoam profundamente com a essência da performance. A presença dessas autoras não só expande a narrativa como também oferece ao público uma diversidade de vozes e experiências que refletem a riqueza da literatura brasileira contemporânea.
Musicalização ao Vivo: A Trilha Sonora do Encontro
A musicalização ao vivo, sob a condução do talentoso músico e pesquisador Rodrigo Caçapa, é uma das características mais inovadoras da performance Cartas a uma escritora. A música não apenas complementa a leitura das cartas, mas também serve como um personagem ativo na narrativa, estabelecendo o tom emocional de cada momento. Essa adição musical cria um ambiente que convida o público a se perder na experiência, facilitando uma conexão mais profunda com os textos lidos.
Rodrigo Caçapa utiliza uma variedade de instrumentos e estilos musicais para refletir a transformação emocional das protagonistas durante a performance. A trilha sonora é um dos veículos que expressa a relação entre as autoras, acompanhando as leituras de maneira fluida e sutil. O uso de música ao vivo também adiciona uma camada de imprevisibilidade e emoção, criando momentos que podem ressoar profundamente com o público.
A música pode intensificar as emoções e evocar sentimentos que vão além das palavras ditas, agregando uma experiência sensorial completa ao evento. Quando as autoras leem suas cartas, a música de fundo pode se tornar um reflexo das nuances de cada emoção que elas estão vivenciando, desde a tristeza até a alegria da reconciliação. É uma síntese perfeita entre a literatura e a música, duas formas de arte que, quando combinadas, têm o poder de criar momentos inesquecíveis para a audiência.
A Relação Entre Ficção e Realidade
Um dos aspectos mais fascinantes da performance Cartas a uma escritora é a sua capacidade de misturar ficção e realidade. As cartas apresentadas na performance são baseadas em experiências reais das autoras, mas também incorporam elementos ficcionais que enriquecem a narrativa e a tornam universal. Essa habilidade de transitar entre o real e o imaginário é uma marca registrada da escrita contemporânea e reflete a complexidade da vida dos escritores.
Aline Bei e Morgana Kretzmann não apenas compartilham histórias pessoais, mas também criam situações e cenários que podem ser imediatamente reconhecíveis pelo público. Esse movimento não apenas humaniza as autoras, tornando-as mais acessíveis e relacionáveis, mas também estabelece um espaço onde todos podem se ver refletidos nas histórias que são contadas.
Assim, as mensagens trocadas entre A e M não são apenas acordos de um passado ferido, mas uma exploração mais ampla de temas como a solidão, o desejo de pertencimento e a necessidade de conexão humana. Quando Aline e Morgana deslizam entre a ficção e a realidade, elas criam uma ponte que une não apenas suas vozes, mas também as do público, permitindo que todos compartilhem a experiência emocional do reencontro e da criação.
Impacto das Cartas na Narrativa
As cartas desempenham um papel central na construção narrativa da performance. Elas não são apenas meios de comunicação; são instrumentos de reflexão e transformação. As mensagens escritas capturam pensamentos, sentimentos e desejos que muitas vezes permanecem não ditos em nossas vidas cotidianas. Essas cartas se tornam a voz interna das autoras, permitindo que Aline e Morgana explorem suas vulnerabilidades e anseios através da escrita.
O impacto das cartas na narrativa é multiplicado pelo formato da performance. Cada leitura oferece ao público uma janela para os mundos interiores das autoras, revelando fragilidades e fortalezas. Por meio das trocas epistolares, as autoras discutem não apenas suas experiências pessoais, mas também temas mais amplos que ressoam com a audiência, como() a luta pela autenticidade na escrita, as pressões da vida artística e a importância da autoaceitação.
Além disso, as cartas estabelecem um ritmo narrativo que oscila entre a introspecção e a conexão. Enquanto algumas passagens são profundamente introspectivas, outras facilitam um diálogo com o público, convidando a uma reflexão coletiva sobre a amizade, a arte e a importância da comunicação nas relações humanas. Esse efeito é potencializado pelo aspecto performático, onde cada entrega vocal e expressão corporal amplia a mensagem contida nas cartas.
Explorando Temas Universais na Performance
A performance Cartas a uma escritora transcende o âmbito pessoal das autoras e explora temas universais que atingem todos os seres humanos. A busca pela identidade, o perdão, a amizade e a criação literária são questões que ressoam com todos nós. Ao abordar esses tópicos de maneira sensível e profunda, Aline Bei e Morgana Kretzmann elevam suas experiências individuais a um nível compartilhado, permitindo que o público reflita sobre suas próprias vidas.
Um dos temas centrais é a ideia de que a amizade é uma forma de arte em si mesma. Assim como escrever é um ato de criação, cultivar e manter amizades também requer habilidade, dedicação e vulnerabilidade. As autoras falam sobre os desafios que enfrentaram, não só em suas carreiras como escritoras, mas também em suas vidas pessoais, destacando que, assim como a literatura, a amizade é uma experiência multifacetada.<"p">
A performance também aborda a notion da fragilidade da comunicação humana. Em um mundo saturado de tecnologia, muitas vezes as conexões pessoais são deixadas de lado. As cartas, nesse sentido, tornam-se um símbolo poderoso de comunicação autêntica, incentivando todos a valorizar as palavras que trocamos e as relações que construímos. Essa reflexão sobre a comunicação invita a uma redescoberta do valor das relações interpessoais em nossas vidas.
A Importância do Espaço: Sesc Avenida Paulista
O espaço escolhido para a performance, o Sesc Avenida Paulista, é emblemático em sua relevância cultural e social para a cidade de São Paulo. Este centro cultural é conhecido por promover a arte em sua forma mais pura, servindo como um ponto de encontro para a comunidade. A localização na Avenida Paulista – um dos principais cartões-postais do Brasil – oferece não apenas uma infraestrutura excelente, mas também um contexto que destaca a intersecção entre arte e vida urbana.
O Sesc é mais do que um espaço físico; é um facilitador de diálogos e experiências. Ao escolher este local, Aline Bei e Morgana Kretzmann asseguram que sua mensagem sobre amizade, reconciliação e a beleza da criação literária não apenas alcance, mas ressoe com um público diversificado. Assim, o espaço contribui para a construção do ambiente desejado para a performance, que é tanto inclusivo quanto reflexivo.
Além disso, o acesso gratuito às apresentações permite que indivíduos de diferentes origens tenham a oportunidade de participar e vivenciar essa experiência literária de forma visceral. O Sesc, com seu compromisso de democratizar a cultura, se torna um aliado fundamental na disseminação das mensagens que emergem da performance.
Como Participar da Performance
Participar da performance Cartas a uma escritora é uma experiência que promete enriquecer a vida cultural da cidade. As apresentações ocorrerão nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2025, no horário das 19h30 às 21h, e a entrada é totalmente gratuita, o que oferece uma oportunidade imperdível para todos. Para garantir a participação, os interessados devem retirar ingresso no local, com uma hora de antecedência.
O formato gratuito não apenas democratiza o acesso à cultura, como também congestionará o público, reunindo amantes da literatura, curiosos e novos espectadores em um só lugar, todos prontos para embarcar nessa jornada emocional. Essa abertura é um exemplo de como a arte pode ser acessível e inclusiva, promovendo não apenas entretenimento, mas também uma reflexão crítica sobre a vida e a criação.
Os espectadores podem se preparar levando um caderno ou um diário para anotar suas reflexões, evitando interromper a experiência da performance. Isso incentivará cada pessoa a se engajar de forma mais ativa, permitindo que elas coloquem em palavras suas próprias experiências enquanto assistem à troca emocional entre Aline Bei e Morgana Kretzmann.
Reflexões sobre Amizade e Criação Literária
A performance Cartas a uma escritora instiga o público a considerar as múltiplas facetas da amizade e seu impacto na criação literária. A interação entre Aline Bei e Morgana Kretzmann revela que as amizades não são apenas museus de inspiração, mas também campos de batalha emocional, onde as expectativas e desentendimentos podem levar a dor e crescimento.
Por meio dessa exploração, a performance sugere que a criação literária é muitas vezes um reflexo das interações humanas. Os escritores, em suas obras, não apenas expressam suas emoções solitárias, mas também traduzem as complexidades dos relacionamentos em palavras que ressoam com o leitor. A arte não é feita no vácuo; é uma expressão de nossas vivências e conexões, e a performance destaca isso de maneira impactante.
À medida que Aline e Morgana navegam por suas emoções e recordações através das cartas, o público é levado a refletir sobre suas próprias relações e sobre o papel que elas desempenham em suas histórias pessoais. Essa possibilidade de introspecção e identificação é um dos maiores presentes que a arte pode oferecer.
Em resumo, Cartas a uma escritora não é apenas uma performance; é uma celebração da vida, das amizades e da inesgotável capacidade da arte de nos conectar e nos transformar. É um lembrete poderoso de que por trás de cada história existe uma rede intricate de relações que moldam não apenas os indivíduos, mas também as gerações que virão.

